Nesta casa de homens conservadores que se vestem de mulher, o conflito não está ligado à sexualidade, nem ao gênero. Olhar de Cinema 2023.
Filmes
Um assassinato misterioso. Vários cabeleireiros e modelos suspeitos. Um suspense extravagante e assumidamente kitsch.
Um cinema orgulhosamente contrário ao realismo, onde os corpos teimam em encontrar seu espaço no amor e na cidade.
Para uma história tão longa e ambiciosa, impressiona como o resultado pode ser morno.
Uma viagem expressiva que aproveita todo o potencial do cinema de animação.
Poucos filmes representam tão bem a lógica infantil de brincar com bonequinhos, imaginando uma guerra do bem contra o mal.
Um belo terror psicológico sobre o monstro que habita as pessoas em período de luto.
Um retrato queer, assumidamente provocador e brincalhão, que estuda a marginalidade sem julgá-la.
Uma obra livre e assumidamente dispersa sobre preservação, identidades e pertencimento.
Um drama que enaltece a jornada de um velho enquanto ridiculariza a velhice.
Um filme-homenagem que coleta 62 depoimentos-elogios à sua autora. Interessa mais como promoção do que forma de cinema.
Uma nova versão mais realista, mais escura, e sem atualizações para a sociedade do século XXI.
O humor pouco inspirado melhora quando compreende que a relação entre pai e filho é muito mais interessante do que o romance do protagonista.
Um falso profeta encontra o cadáver de uma criança. Será que ele realmente tinha poderes, esse tempo todo?
Uma extravagância tão eficaz na ação quanto problemática enquanto visão de mundo.
Um fascinante estudo de imagens onde a aparência de documentário se choca com a artificialidade extrema.
Um olhar sombrio sobre a responsabilidade ética dos criadores de imagens, e a censura sofrida em países autoritários.
Um olhar depreciativo das periferias feito pela burguesia, e para a burguesia.
Um romance cafona, exagerado, e perfeitamente ciente disso.
Uma mulher frágil se empodera ao receber, do dia para a noite, o cargo de nova chefe da máfia italiana.
Uma ficção científica sobre robôs cujo roteiro mais parece escrito por um robô — ou uma inteligência artificial.
O diretor Taylor Sheridan investe em personagens soturnos e embrutecidos, ao limite da caricatura.
Um super-homem musculoso salva crianças, mulheres e derrota dezenas de mafiosos no braço, como antigamente.
Um drama sobre a marginalidade francesa, com impressionante domínio de roteiro e direção.
Um belíssimo drama que respeita os sentimentos dos seus personagens sem transformá-los em espetáculo.
Um filme de terror menos interessado no aspecto sobrenatural do que no corpo monstruoso de mulheres grávidas.
Um cinema empolgado demais com o espetáculo da podridão humana para tecer qualquer forma de crítica distanciada.
Um drama singelo sobre o papel da arte na resistência feminina em países conservadores.
Um romance de formação, tão agradável quanto pouco memorável.