Em 2018, conforme Jair Bolsonaro crescia nas intenções de voto, as diretoras Carolina Jabor e Anne Pinheiro Guimarães se indagavam sobre as estratégias adotadas pela esquerda para frear o crescimento do conservadorismo no país. Agimos errado? Não fizemos o suficiente? Como tantas pessoas religiosas, e das periferias, votavam no candidato cujo plano de governo privilegiava os ricos?
O resultado foi Transe (2022), filme-processo realizado no calor do momento. Nesta mistura entre ficção e documentário, Luisa Arraes, Johnny Massaro e Ravel Andrade interpretam três jovens de nomes Luisa, Johnny e Ravel. Eles se confrontam a vozes contrárias e fazem um mea culpa da vida dentro da bolha progressista. As diretoras encorajaram o elenco a improvisar suas falas, enquanto adaptavam a história aos acontecimentos políticos do país.
Nesta entrevista, as cineastas e os três atores conversam sobre este retrato da utopia e da ingenuidade da esquerda: