Quando se estuda cinema brasileiro, poucas pessoas são apresentadas à produção independente e radical em Super-8, por diversos motivos: parte considerável deste material se perdeu ou deteriorou, ou ainda não foi considerado um cinema tão “profissional” quanto aquele realizado em películas 16mm e 35mm.
Graças à iniciativa de preservação, restauração e digitalização do grupo Cinelimite, mais de 400 títulos puderam ser recuperados e apresentados ao público na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Entre eles, destacam-se diversos filmes potentes de temática LGBTQIA+, realizados por jovens militantes da Paraíba durante a década de 1980. No interior das universidades, eles juntavam recursos para retratar os amores entre homens, a luta contra o preconceito e a pluralidade de expressões de sexualidade e de gênero.
Neste vídeo do Meio Amargo, você descobre a fala de alguns desses cineastas (Pedro Nunes, Henrique Magalhães) a respeito desta produção rara. As conversas, gravadas na Cinemateca, também incluem falas potentes de João Silvério Trevisan e João Gomes de Lima, com mediação do diretor Fábio Leal: