A biografia de Sílvio Santos no cinema escolhe um foco muito específico: o sequestro do qual ele foi alvo, pelo mesmo homem que havia sequestrado a sua filha pouco tempo antes. Enquanto o apresentador (interpretado por Rodrigo Faro) fica preso numa cozinha com Fernando (Johnnas Oliva), ele oferece valiosas lições ao invasor, inspiradas em sua vida — oportunidade que o roteiro utiliza para recordar a infância, a juventude como camelô, as experiências de locutor de rádio e as decepções amorosas.
Com direção de Marcelo Antunez, Sílvio tem sido muito discutido, tanto pela escolha do ator principal quanto pelos recursos questionáveis de peruca e maquiagem. No entanto, a opção da narrativa pelo endeusamento do protagonista — convertido em pai perfeito, patrão amigável e marido exemplar — se mostra ainda mais reprovável.
Confira a crítica: