Hamlet não é uma adaptação clássica de William Shakespeare — pelo contrário. O cineasta gaúcho Zeca Brito parte do contexto de opressão e resistência para avaliar a crise da educação brasileira. Em 2016, quando os estudantes ocuparam as escolas contra a reforma do ensino proposta por Michel Temer, o artista acreditou que a presença de uma câmera poderia protegê-los contra a violência do estado. Assim, nasceu o projeto que combina elementos documentais com uma direção fictícia, controlando o personagem principal (interpretado pelo ator Fredericco Restori) e lhe fornecendo sugestões de ação.
O longa-metragem foi o grande vencedor da Mostra de Longas-metragens Gaúchos no 51º Festival de Gramado, levando os troféus de melhor filme, direção, montagem, fotografia e ator. Zeca Brito conversou com o Meio Amargo a respeito da obra: