Nesta sexta-feira, 4 de novembro, começa a quarta edição do Festival Negro de Cinema NICHO Novembro. O evento gratuito vai até o dia 13 de novembro, com sessões no Centro Cultural São Paulo e no Instituto Moreira Salles. No total, serão exibidos 31 filmes, em paralelo a debates, workshops, painéis, sessões ao ar livre e shows de música destinados a valorizar o trabalho de artistas negros brasileiros e internacionais. Assim, as diferentes culturas e representações da negritude são postas em discussão.
“O NICHO Novembro é o evento mais importante do ano para o Instituto NICHO 54″, explica Fernanda Lombra, cofundadora da instituição. “Em 10 dias, como parte da agenda de celebração e lutas da comunidade negra que marca o mês de novembro, o festival materializa nossos três eixos de atuação, com atividades de formação profissional no audiovisual, debates e contribuições práticas para a construção de um mercado de trabalho com equidade racial e de gênero, e curadoria, com uma mostra de filmes que celebra as vidas negras em toda nossa potência e complexidade”.
Após edições online, devido à pandemia de Covid-19, o evento volta a ser organizado de maneira presencial, ainda que o site Sala 54 proponha reprises de filmes para espectadores fora de São Paulo conhecerem a programação. Entre as atividades de formação, destaca-se o workshop “Desenvolvimento de documentários criativos de âmbito internacional”, ministrado por Laurence Lascary. Os encontros ocorrem entre 8 e 12 de novembro, das 09h às 13h, na sala de aula do IMS.
Já as atividades de mercado se voltam aos encontros Show me the Fund, do Projeto Paradiso, além de painéis para troca de experiências entre profissionais negros do audiovisual. Os debates ocorrem entre os dias 8 e 11 de novembro. Você descobre todas as mesas, datas e horários no site oficial do Nicho Novembro.
Descubra a lista completa de filmes exibidos no festival:
Longas-metragens
- Cabo de Guerra, de Amil Shivji (Tanzânia, África do Sul, Alemanha, Catar, 2021)
- Geada de Netuno, de Saul Williams, Anisia Uzeyman (Ruanda, Estados Unidos, 2021)
- Grace Tomada Única, de Lindiwe Matshikiza (África do Sul, 2021)
- Sessão Bruta, de As Talavistas e Ela.Ltda (Brasil, 2021)
- Xaraasi Xanne: Vozes Cruzadas, de Raphaël Grisey, Bouba Touré (França, Alemanha, 2022)
Médias-metragens
- #4 Mangifera, de Flávia Gusmão (Portugal, Cabo Verde, Canadá, 2022)
- A História da Minha Mãe, de Maïram Guissé (França, Senegal, 2022)
- Ainda Estamos Aqui, de Eli Jacobs-Fantauzzi (Porto Rico, 2022)
- Caixa Preta, de Saskia, Bernardo Oliveira (Brasil, 2022)
- Canhão de Boca, de Ângelo Lopes (Cabo Verde, 2016)
- Espelho de Prata, de Diogo Bento, Edson Silva D. (Portugal, Cabo Verde, 2012)
- Kmêudeus: Come Deus, de Nuno Miranda (Cabo Verde, 2020)
Curtas-metragens
- A Perda de Joy, de Juliana Kasumu (Reino Unido, 2022)
- Águas Silenciosas, de Aurora Brachman (Estados Unidos, 2022)
- Djassi, Amílcar, Abel, de Chissana Magalhães (Cabo Verde, 2019)
- Dona Mónica, de Carlos Yuri Ceuninck (Bélgica, Cabo Verde)
- Esconderijo dos Lagos Gêmeos, de Philbert Aimé Mbabazi Sharangabo (Ruanda, 2022)
- Identidade I e II, de Ângela Brito (Brasil, 2020)
- Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro (Brasil, 2022)
- Meio-Dia, de Morgan Mathews (Estados Unidos, 2022)
- Men Nan Men, de Wilson Edmond (Haiti, 2022)
- Mistida, de Falcão Nhaga (Portugal, 2022)
- Não Vim no Mundo para Ser Pedra, de Fabio Rodrigues Filho (Brasil, 2022)
- O Homem Novo, de Carlos Yuri Ceuninck (Cabo Verde, Bélgica, Alemanha, Sudão, 2022)
- Perigo Noturno, de Karimah Zakia Issa (Canadá, 2022)
- Por Amor, de Joy Gharoro-Akpojotor (Reino Unido, 2021)
- Querida Mila, de Denise Fernandes (Portugal, Suíça, 2020)
- Rito de Beleza, de Maria Marrone, Shenny De Los Angeles (Estados Unidos, 2020)
- Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (Brasil, 2022)
- Time de Dois, de André Santos (Brasil, 2021)