O livro Queer, de William Burroughs, foi proibido durante mais de 30 anos, devido à descrição do romance entre dois homens. Apenas em 1985 o público pôde descobrir a história concebida em 1952, a partir de experiências reais do autor. Agora, em 2024, esta jornada de (auto)descoberta chega aos cinemas, em adaptação dirigida por Luca Guadagnino (Me Chame pelo Seu Nome, Rivais).
A trama acompanha William Lee (Daniel Craig), americano vivendo na Cidade do México. Devido ao vício em ópio, ele é perseguido em seu país, e não pode voltar. Sua vida se transforma quando conhece Allerton (Drew Starkey), rapaz mais novo, e um tanto indiferente aos afetos do outro. Entre idas e vindas, eles decidem viajar pela América do Sul em busca da ayahuasca, uma novidade que pouquíssimos americanos já tinham experimentado. A planta proporciona a oportunidade de se compreenderem melhor.
A crítica em vídeo discute as transformações desta história no cinema, sua importância dentro de um cinema queer e nossa dificuldade de lidar com representações do sexo e da sexualidade em imagens.