Na noite de 8 de novembro, foram anunciados os vencedores da 9ª Mostra de Cinema de Gostoso, eleitos pelo voto popular e pelo júri da crítica. Os dois troféus Cascudo de longa-metragem foram entregues ao mesmo filme: A Filha do Palhaço (2022), de Pedro Diógenes. Na trama, a adolescente Joana decide passar uma semana na casa do pai, Renato, um ator que se apresenta em churrascarias e restaurantes como a personagem cômica Silvanelly. No entanto, o homem que a abandonou há mais de 10 anos não possui nenhuma intimidade com a menina. Aos poucos, eles tentam se reencontrar.
Na categoria de curtas-metragens, os críticos elegeram Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro, que acompanha a busca de um garoto na periferia de Assis por sua égua perdida. No caminho, ele encontra um país desgovernado e caótico. Já o público preferiu Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante. O drama gira em torno de uma mulher analfabeta, estimulada pela possibilidade da leitura quando descobre que o filho, deficiente, está interessado no livro Dom Quixote.
A noite se encerrou com a projeção do potente Mato Seco em Chamas (2022), de Adirley Queirós e Joana Pimenta. O filme brasiliense, selecionado nos festivais de Berlim e Toronto, introduz uma distopia onde moradores da Ceilândia descobrem petróleo em seus territórios, transformando as configurações de poder na região. Esta foi uma escolha ousada dos curadores Eugênio Puppo e Matheus Sundfeld, que encerraram o evento com o filme mais longo e árido da programação.
Confira os vencedores:
Prêmios da Crítica
Melhor longa-metragem: A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes
Melhor curta-metragem: Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro
Prêmios do Público
Melhor longa-metragem: A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes
Menção honrosa de longa-metragem: Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho
Melhor curta-metragem: Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante