Entre os dias 1 e 14 de junho de 2023, vinte e cinco salas de cinema em São Paulo recebem a 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, especializada em produções de temática ambiental e por justiça social. A entrada das sessões é gratuita. A seleção conta com 101 filmes, entre curtas e longas-metragens, em linguagens que incluem a ficção e o documentário.
Os destaques internacionais incluem o raro documentário I Heard It Throught the Grapevine (1981), de Dick Fontaine, apresentado no Festival de Berlim. No filme, o escritor e pensador James Baldwin reflete a respeito do histórico de racismo nos Estados Unidos. Já o inédito Amor e Luta em Tempos de Capitalismo acompanha mais de cinco décadas de reflexões dos sociólogos Monique Pinçon-Charlot e Michel Pinçon, especializados em investigar a vida dos ultrarricos. Premiado no CPH:DOX, O Último Refúgio retrata um abrigo temporário para migrantes africanos.
Quanto às produções brasileiras, o premiado A Invenção do Outro, de Bruno Jorge, denuncia o genocídio contra comunidades indígenas, incluindo a presença do indigenista Bruno Pereira. A questão indígena domina três longas-metragens com estreias mundiais durante a Mostra Ecofalante: Cinzas da Floresta, de André d’Elia; Escute, a Terra Foi Resgatada, de Fred Rahal Mauro e Cassandra Mello, e Parceiros da Floresta, de Fred Rahal Mauro. A seleção de obras nacionais inclui filmes de Jorge Bodanzky (o recente Amazônia, a Nova Minamata?) e Eduardo Coutinho (o clássico Cabra Marcado para Morrer).
Em paralelo à exibição de filmes, o intelectual martinicano Malcolm Ferdinand oferece uma masterclass a respeito da ecologia decolonial, e Jorge Bodanzky ministra a oficina “A Prática do Cinema Ambiental”. Estão previstos debates acerca de temas como o racismo ambiental, o futuro energético e o desmatamento.
Você descobre todas as informações sobre os filmes, horários e locais de exibição na página oficial da Mostra Ecofalante.
