Em 17 de agosto, a 77ª edição do Festival de Locarno anunciou seus vencedores, atribuindo o prêmio principal ao lituano Toxic, crônica de uma juventude corrompida pela miséria. Na mostra Cineastas do Presente — principal seção paralela do evento suíço —, vitória do georgiano Holy Electricity, além de um prêmio de destaque para o suíço-cabo-verdiano Hanami.
Abaixo, você descobre as críticas produzidas pelo Meio Amargo a respeito dos filmes disponibilizados, em versão online, à imprensa:
Competição Internacional
Toxic (Lituânia): “A principal ousadia, e também o ponto questionável do projeto, consiste em utilizar deficiências enquanto metáfora para a pobreza e a exploração”. Leia a crítica completa.
Mostra Cineastas do Presente
Hanami (Suíça, Portugal, Cabo Verde): “O drama surpreende pela facilidade no trato com o elenco mirim, mas se enfraquece consideravelmente na segunda metade, quando acelera reviravoltas”. Leia a crítica completa.
História(s) do Cinema
Onda Nova (Brasil): “O que incomoda a moral vigente neste filme não diz respeito à imagem do sexo (um tanto singelo, apesar de recorrente), mas à liberdade despudorada das mulheres em busca de autonomia, seja no direito ao esporte, ao sexo fora do casamento, ao aborto seguro”. Leia a crítica completa.
Piazza Grande
Rita (Espanha): “O drama efetua uma crônica muito eficaz do cotidiano. Em contrapartida, a trilha sonora prejudica bastante o resultado”. Leia a crítica completa.
Semana da Crítica
Formas de Atravessar um Território (México): “Uma aproximação tão tímida quanto respeitosa das mulheres Tsotsil. A luz natural e a câmera na mão se encarregam desta captação crua, direta, como forma de apresentação inicial a um povoado distante”. Leia a crítica completa.
Open Doors Screenings
La Bachata de Bionico (República Dominicana): “A comédia possui inúmeros horizontes de referência — filmes como Tangerina e as produções dos irmãos Safdie, de acordo com os criadores. Trainspotting e projetos como Jackass e Borat vêm à mente”. Leia a crítica completa.
La Piel del Agua (Costa Rica, Chile): “O drama transparece um humanismo discreto. Em contrapartida, soa tão competente quanto impessoal, genérico, semelhante a centenas de dramas de premissas idênticas”. Leia a crítica completa.
Los Capítulos Perdidos (Venezuela, EUA): “Poucos autores se consagram com tamanha consistência à magia do cotidiano, evitando a armadilha fácil de embelezá-lo. Para o bem ou para o mal, o projeto se desenvolve apesar do espectador, não para ele”. Leia a crítica completa.