Paixão Sinistra e o cinema experimental trash brasileiro

Um dos filmes mais interessantes da 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes se chama Paixão Sinistra. O diretor e crítico de cinema João Pedro Faro combina as ferramentas do cinema experimental e a linguagem do trash com o imaginário norte-americano do cinema de gênero.

Assim, surge a trama rocambolesca de um anti-herói sem nome, que perambula pelas ruas do Rio de Janeiro enquanto comanda o Esquadrão da Morte. Logo, capangas esperam por suas vítimas na floresta, e um jovem é sequestrado e mantido em cativeiro. As imagens incomodam, voluntariamente, pelos cortes abruptos, sons estourados, atuações desafetadas e confusão de sentidos.

Em entrevista ao Meio Amargo, Faro, junto ao produtor Bruno Lisboa (que também exerce as funções de montador, diretor de som e de fotografia) e o ator Miguel Clark explicam os prazeres e desafios de um filme radical de baixíssimo orçamento. O quanto desta experiência decorre de um orgulho da produção marginal, e em que medida teriam preferido realizar suas obras com mais recursos?

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