A comédia popular brasileira e a ridicularização dos pobres

Eles são motoristas, faxineiras, empregadas domésticas, porteiros. Eles falam errado, se vestem com roupas cafonas. São barulhentos, atrapalhados, cheios de malandragens e propensos aos golpes. Estes personagens têm se multiplicado em comédias populares brasileiras como Os Suburbanos, Um Suburbano Sortudo, Tô Ryca, Tô Ryca 2, Vai Ter Troco, Uma Sogra Perfeita, Barraco de Família, Os Farofeiros e Um Dia Cinco Estrelas. Para os criadores, constituem homenagens às classes D e E, com seu “jeitinho especial de ser”.

No entanto, a maioria destas produções não consegue esconder o desdém por pessoas marginalizadas, o que se traduz numa visão racista e segregacionista. Na maioria destas produções, os pobres enriquecem subitamente (nunca por mérito), percebem a incapacidade de conviver neste mundo diferente demais do seu, e descobrem que serão mais felizes lá “onde pertencem”, nos barracos, comendo um churrasquinho e escutando samba com os familiares.

O novo vídeo analisa os problemas desta forma de humor, e as possibilidades de superá-lo:

Zeen is a next generation WordPress theme. It’s powerful, beautifully designed and comes with everything you need to engage your visitors and increase conversions.