Em 30 de junho, a Cinemateca Brasileira inicia uma mostra inédita e gratuita: Espetáculo Polêmica Cultura. O evento, que vai até 10 de julho, comemora os 60 anos da Sociedade Amigos da Cinemateca, atual gestora da instituição que reabriu após longa batalha travada contra a intolerância do governo Bolsonaro.
O título da mostra faz referência a uma fala do primeiro presidente da SAC, Dante Ancona Lopez. Durante a criação da sociedade, ele defendeu a exibição de filmes “que geram polêmica, que possuem um valor estético e apresentam um testemunho político-social”. Sessenta anos depois, a instituição na Vila Madalena volta a projetar obras que estrearam ou tiveram sessões de destaque no local.
No eixo nacional, o destaque fica por conta da cópia restaurada de Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha, cuja primeira exibição ocorre em 6 de julho, quarta-feira, às 21h. A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1965), de Roberto Santos, e Garrincha, Alegria do Povo (1962), de Joaquim Pedro de Andrade, também integram a programação.
Entre as obras internacionais, serão projetados longas-metragens raros que tiveram suas primeiras exibições brasileiras na Cinemateca. O Momento da Verdade (1965), de Francesco Rosi; Os Subversivos (1967), dos Irmãos Taviani, e Cinzas e Diamantes (1958), de Andrzej Wajda, são alguns dos títulos selecionados.
A Cinemateca Brasileira se encontra no Largo Senador Raul Cardoso, 207. Os ingressos da Mostra Espetáculo Polêmica Cultura serão distribuídos gratuitamente uma hora antes do início de cada sessão. Você descobre os horários das sessões nas redes sociais da instituição.
