Olhar de Cinema 2022: Retrato do artista quando jovem

O cinema brasileiro vai muito bem, obrigado, pelo menos nas telas do 11º Olhar de Cinema: Festival Internacional de Curitiba. Por enquanto, as duas maiores sensações do evento foram documentários nacionais a respeito de desigualdades sociais. Após o choque de Filme Particular, o dia 4 de junho exibiu o documentário Alan (2021), sobre Alan do Rap, artista executado pela polícia, e que nunca conquistou o reconhecimento popular.

Alan

Os diretores Daniel Lisboa e Diego Lisboa foram amigos próximos do personagem, e o filmaram ao longo de treze anos. Assim, acompanharam tanto os instantes de glória, quando Alan invadiu o palco de shows e apresentou seu rap à plateia, quanto os períodos de prisão e problemas de saúde. Resta uma obra repleta de urgência política e carinho por um artista marginal entre marginais. Leia a nossa crítica.

7 Cortes de Cabelo no Congo

Dois outros filmes brasileiros tiveram boa repercussão com o público em Curitiba. Em sua primeira exibição numa tela grande, 7 Cortes de Cabelo no Congo (2022) se volta à comunidade congolesa na Zona Norte do Rio de Janeiro. Dentro de um salão, o cabeleireiro Mestre Pablo recebe os clientes enquanto discute política, história e futebol. Os diretores Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi efetuam um belo retrato da política vista pelos olhos das comunidades pobres, enquanto aproxima Brasil e Congo. Leia a nossa crítica.

Casa Vazia

Depois de passar pelo Festival do Rio, o drama gaúcho Casa Vazia (2021) foi exibido no Cine Passeio, trazendo a história de um peão de fazendas na fronteira entre Brasil e Uruguai. Abandonado pela esposa, ele começa a praticar pequenos furtos de gado para sobreviver, embora os capangas dos fazendeiros estejam no seu encalço. Apesar das belas imagens, o filme soa frio e austero demais, sem permitir ao espectador conhecer as motivações deste homem calado. Leia a nossa crítica.

O domingo traz nada menos do que quatro filmes da mostra competitiva: o tcheco É Preciso uma Aldeia, o português-espanhol O Trio em Mi Bemol, o brasileiro Paterno e o eslovaco A Censora.

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